quinta-feira, 25 de fevereiro de 2010

Governador diz que fábrica da Petrobras já é de MS


25/2/2010

João Prestes e Valdelice Bonifácio

O governador André Puccinelli (PMDB) reafirmou que a fábrica da Petrobras já está garantida para Mato Grosso do Sul desde o ano passado. Indagado do motivo pelo qual o presidente Luiz Inácio Lula da Silva insistiu em dizer que outros estados estão na concorrência, quando de sua visita a Três Lagoas na semana passada, André deu uma explicação curiosa: disse que Lula não sabia que o terreno para instalar a fábrica já está sendo comprado, por isso não fez o anúncio oficial do investimento.

A fábrica representa investimento de US$ 2 bilhões e deve suprir 60% do mercado interno de fertilizantes agrícolas. A cidade de Três Lagoas está na disputa com Minas Gerais e Espírito Santo. Uma equipe da Petrobras já esteve reunida com o governador André Puccinelli, no início do mês, mas saiu sem dar entrevistas.

sábado, 20 de fevereiro de 2010

Lula vai pedir a André que apoie Dilma, diz Nelsinho

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Alessandra de Souza
“Não há divergências (...) Tudo será definido na convenção (...) O noivo está de cravo branco na lapela. Tudo depende da próxima convenção”, disse com a voz embargada para chorar ao fim da declaração.
Valdelice Bonifácio

O prefeito de Campo Grande Nelsinho Trad (PMDB) disse ter ouvido do presidente da República Luiz Inácio Lula da Silva durante evento em Três Lagoas ontem que ele tentará convencer o governador André Puccinelli (PMDB) a apoiar o projeto petista de eleger a ministra-chefe da Casa Civil, Dilma Rousseff a sua sucessão.

“Tratamos de política. Ele [Lula] teceu vários comentários. O presidente quer que o André fique com ele e vai chamá-lo para uma conversa sobre tal possibilidade”, disse o prefeito ao deixar seu gabinete na prefeitura no início desta tarde.

André sempre demonstrou estima pela ministra da Casa Civil, mas há um empecilho para apoia-la: a candidatura de seu antigo adversário Zeca do PT a governador. André nunca admitiu a possibilidade de dois palanques para a ministra no Estado. Seria o dele ou de Zeca. Nos dois, Dilma não estaria.

Nelsinho disse que Lula não mencionou a possibilidade de pedir para Zeca desistir da candidatura. “Não sei como ele fará para conciliar. Isso só ele poderia responder”, afirma. “Talvez, ele deixe os dois palanques e tente convencer o André a aceitar assim mesmo”, opina.

A atitude de Lula nos bastidores do evento é diferente daquela demonstrada na entrevista coletiva à imprensa, na qual o presidente fugiu do tema política e, mais, disse que não acreditava em dois palanques de partidos aliados onde quer que fosse.

“Se em algum estado não tiver possibilidade de construir aliança política o que vai acontecer é que o presidente da República não participa da campanha naquele estado, por que não acredito muito na história de dois palanques, não é possível que uma pessoa possa vir a um estado e fazer um palanque aqui e outro ali”, declarou.

Nacionalmente, PT e PMDB caminham para fechar aliança, mas em Mato Grosso do Sul sempre rivalizaram.

Na solenidade de inauguração do complexo industrial da Fibria/International Paper, o presidente, aliás, caminhou praticamente lado a lado com André e Zeca do PT. Apesar de saber da rivalidade, Lula soube conduzir a situação a um clima de cordialidade.

André chegou a mencionar “o ex-governador José Orcírio Miranda dos Santos” em seu discurso como forma de reconhecimento pela instalação da indústria no Estado. Quando usou da palavra, Lula se referiu aos dois.

O evento foi marcado ainda pelo choro do governador que na presença de Lula demonstrou não querer ser um adversário nas eleições de outubro.

terça-feira, 16 de fevereiro de 2010

Zeca só vai à recepção de Lula se tiver “lugar de destaque” e ignora consagração de Dilma

Midiamaxnews


Pré-candidato ao governo do Estado nas eleições deste ano, Zeca do PT só vai à recepção do amigo pessoal e presidente da República Luiz Inácio Lula da Silva, em Três Lagoas, na próxima sexta-feira, dia 19, se tiver, segundo ele mesmo, “um lugar de destaque” no evento de inauguração do complexo industrial Fibria/International Paper de celulose e papel no município, do qual o chefe da nação participará.

O ex-governador informou ainda que não pretende comparecer ao Congresso Nacional do PT, em Brasília, no qual militantes farão o que está sendo chamado de consagração da candidatura da ministra da Casa Civil Dilma Rousseff à presidência da República. Motivo: nada com a ministra, apenas vai ocupar o tempo organizando sua pré-campanha no Estado.

O ex-governador contou ao Midiamax ter recebido um telefonema do chefe de gabinete do presidente Lula, Gilberto Carvalho, na sexta-feira, dia 12. “Gilberto me perguntou se eu iria à inauguração da fábrica. Expliquei que não fui convidado. Ele disse que o Lula quer que eu esteja lá, mas se a empresa não me convidar formalmente eu não vou”, esclarece Zeca.

O petista menciona que foi ele quem articulou, quando governador do Estado, a instalação da fábrica de papel e celulose em território sul-mato-grossense. Zeca não está disposto a comparecer ao evento sem um lugar demarcado especialmente para ele. Não quer ser apenas figurante e passar o tempo ouvindo o discurso do atual governador e principal adversário, André Puccinelli, que adiou uma viagem ao exterior para recepcionar Lula.

“Se me chamarem e me derem um lugar de destaque eu vou, do contrário não”, afirma. “Não gosto de soberba não vou estar lá só para ouvir ele falar”, completa o petista referindo-se a André Puccinelli.

Congresso do PT sem Zeca

Empenhado na sua pré-campanha ao governo, Zeca não deve comparecer ao IV Congresso Nacional do PT, em Brasília, entre os dias 18 e 20 de fevereiro. O evento é um amplo encontro do PT e vai mobilizar caravanas do País inteiro.

Só de Mato Grosso do Sul, devem comparecer 45 militantes que contavam com a presença de Zeca do PT no dia 20 de fevereiro, quando está programado o ápice do encontro: a consagração da candidatura de Dilma à presidência da República.

Zeca informa que vai passar a data organizando sua própria campanha. Indagado se não seria importante sua presença em um momento decisivo para a candidatura de Dilma, o petista devolve com uma resposta que pouco combina com um militante com a sua história. “É a candidatura dela não é a minha. A minha já está lançada”, afirma.

Contudo, ele assegura que não há qualquer problema com relação à cúpula do PT apenas está mais envolvido com sua própria tentativa ser governador de Mato Grosso do Sul pela terceira vez.

segunda-feira, 8 de fevereiro de 2010

André pode brigar por reeleição ao lado de Simone Tebet



NoticiasMS/JL
Simone possível vice de Puccinelli

Celso Bejarano Júnior

É cada vez mais frequente o debate no circuito político sul-mato-grossense que indica o nome da prefeita de Três Lagoas, Simone Tebet, do PMDB, como a vice da chapa do também peemedebista André Puccinelli, candidato à reeleição ao governo.

Quarta-feira passada, Simone não confirmou sua intenção de concorrer como vice. Nem negou, quando questionada se pelo projeto da reeleição deixaria a prefeitura da cidade que vive uma frenética onda de desenvolvimento econômico por conta da ida de indústrias para o município.

“Sou política e já trabalho pela reeleição do governador”, disse ela ao Midiamax, durante encontro com Puccinelli e seis representantes da Petrobras, em Campo Grande.

Simone afirmou, contudo, que o certo até agora é que ela não concorrerá ao Senado, chance comentada à exaustão até pouco tempo entre os peemedebistas. “Nem eu nem o Nelsinho [prefeito de Campo Grande] vamos concorrer ao Senado. Essa briga envolve apenas o Valter [senador] e o Moka [deputado federal] que se inscreveram e vão se enfrentar pela vaga de candidato por meio das prévias do partido”, afirmou.

Já quanto a sua candidatura como vice, ela desconversou. “Não sei, não conversei ainda com ele [André] sobre isso. Sou política e estou trabalhando pelo meu partido”, repetiu a prefeita.

Na manhã deste domingo, por telefone, o deputado estadual Youssif Domingos, líder do governo na Assembleia Legislativa, disse que já ouviu “e muito” sobre a possibilidade de Simone disputar o governo ao lado de Puccinelli.

No entanto, ele sustentou que além de Simone desponta como nome para compor a chapa do governador também parlamentares aliados do PMDB. “Ele [Puccinelli] já disse que a escolha do vice não será definida de modo isolado, vai debater o assunto com o partido e com os aliados na Assembleia, como PPS, DEM e PSDB”, disse Youssif.

Já o governador Puccinelli, informou em recente declaração que a candidatura a vice em sua aliança seria preenchida por “uma mulher e empresária da região de Três Lagoas”. Mas a pista dada por ele ficou por ai e o assunto não foi mais comentado.